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terça-feira, 2 de janeiro de 2007

A idéia do Café

Não pretendemos inovar só copiar o que é bom...

O primeiro café filosófico nasceu na praça da Bastilha, em Paris na França, no final de 1992. Por iniciativa do filósofo Marc Sautet, o Café des Phares passou a hospedar, nas manhãs de domingo, pessoas de várias profissões sedentas por interpretar acontecimentos cotidianos à luz da filosofia.

Na Grécia antiga, a filosofia era diálogo e discussão a céu aberto, em praça pública, sobre a vida e o bem-viver. Mais tarde, a filosofia afastou-se do exercício público e ficou restrita a reduzidos grupos de especialistas, confinada aos muros da academia. Hoje, os cafés filosóficos aparecem como um resgate desta filosofia para todos, introduzindo o questionamento filosófico sobre o nosso “modus vivendi”, a nossa vida agora.

A reflexão filosófica sobre os fatos aparentemente banais desestabiliza preconceitos abrindo assim a possibilidade de uma relação mais sutil com o mundo e com nós mesmos. Trata-se de desnaturalizar o real, despojá-lo de sua evidência cotidiana, para possibilitar uma relação mais interessante com as coisas, uma nova possibilidade de vida.

No corre-corre diário, sobra pouco tempo para refletir sobre a vida. Nos cafés filosóficos, é possível achar esse tempo. Parar para pensar. De um certo modo parar o tempo através do exercício atento e cuidadoso com aquilo que pensamos e percebemos. Gerar as condições para que o pensamento seja possível e, com ele, uma nova experiência do que significa pensar.

Não é necessário ter formação filosófica para participar. O publico é composto de pessoas de todas as faixas etárias e das mais variadas profissões que reservam uma noite por mês para buscar decifrar, com a ajuda do animador, o sentido dos acontecimentos cotidianos para viver melhor.

Vamos copiar a receita para nosso Café Teológico e pronto.

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